O INICIO DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA.
Ao final do século XIX o cenário mundial era:
O mundo era dominado pela Europa: Alemanha, Inglaterra e França, como potências, disputando mercados econômicos. A maior parte da frota mundial de navios mercantes ou de guerra, navegava sob as bandeiras destes 3 impérios. A maioria das estradas de ferro e linhas telegráficas era dominada pelos europeus. A quase totalidade da África e praticamente todas as ilhas do Pacífico estavam sob domínínio europeu. Na Ásia, os únicos grandes países não subjugados pela Europa eram a China e o Japão.
O império britânico e a China tinham cada um, 400 milhões de habitantes, abrigando em conjunto metade da população mundial.
A Europa passava agora por um sentimento sempre combatido pelas monarquias: o nacionalismo. As guerras napoleônicas acabaram, mas, por todo lugar que passaram, deixaram forte devoção de idéias, tornou a massa coletiva cada vez mais nacionalista. Aos poucos, alianças eram formadas: estabeleceu-se de um lado a união de Rússia , Inglaterra e França e de outro lado Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália.
O império britânico e a China tinham cada um, 400 milhões de habitantes, abrigando em conjunto metade da população mundial.
A Europa passava agora por um sentimento sempre combatido pelas monarquias: o nacionalismo. As guerras napoleônicas acabaram, mas, por todo lugar que passaram, deixaram forte devoção de idéias, tornou a massa coletiva cada vez mais nacionalista. Aos poucos, alianças eram formadas: estabeleceu-se de um lado a união de Rússia , Inglaterra e França e de outro lado Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália.
No início do século XX, vários pequenos conflitos internacionais foram se intensificando e, consequentemente, as nações se fortalecendo militarmente. Nem a Igreja Católica conseguira diminuir a tensão. O papa Leão XIII era provavelmente a pessoa mais influente do mundo, em tempos de paz, mas quando uma guerra importante envolvia grandes potências, ele não era mais influente que um arsenal bélico, e principalmente, ao fato de que três grandes potências econômicas: Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha eram protestantes, não católicas.
O motivo para o início da Primeira Guerra Mundial ocorreu em junho de 1914, com o assassinato do sucessor ao trono Austro-Húngaro Francisco Ferdinando em território da Bósnia. O Império atribuiu a autoria do crime ao movimento nacionalista da Sérvia e declarou guerra a esta nação.
A guerra começou em 28 de julho de 1914. Nos sete dias seguintes, aliados se juntaram aos dois países. A Alemanha lutou ao lado da Áustria. França, Rússia e Grã-Bretanha formaram outra aliança.
Assim, o Império Austro-húngaro iniciou ataque a Sérvia. Dentro de uma semana cinco potências e diversas outras menores estavam lutando ou prestes a lutar. Países expectadores escolhiam a melhor hora de entrar no conflito. No primeiro mês o Japão se posicionou contra a Alemanha empregando sua frota marítima. Em novembro os turcos juntaram-se aos alemães, e no mês seguinte a Itália. Quanto mais países entravam no conflito, mais difícil se tornava a tarefa de reunir todos para uma negociação de paz. O patriotismo tornou-se agressivo, até nas Igrejas os sermões pregavam um nacionalismo exacerbado.
Nesta guerra, diferentemente das anteriores, não era mais necessários pessoas para cultivar e levar alimentos, assim poderia dispor de um maior "patrimônio humano" para as batalhas. As nações européias obrigavam quase todos os homens jovens ou de meia idade a passar por um treinamento militar. As mulheres poderiam ser transferidas para as fábricas de munições. Nas guerras napoleônicas um país podia dispor de 12% da sua população, agora o mundo poderia usar 50% para trabalhar para a guerra.
UMA DAS PRINCIPAIS BATALHAS: A BATALHA DE GALLIPOLI.
Na península turca de Gallipoli se localiza na entrada do estreito de Dardanelos. Local extratégico com apenas 7 km de extensão, liga o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro, sendo portanto de fácil controle. Antes da guerra, a Alemanha, visando o estreito de Dardanelos, assina secretamente, uma aliança militar com a Turquia. Dardanelos era de extrema importância para a Rússia, pois era a rota que levava suprimentos para seus exércitos. Além do que, o Mar Negro estaria protegido dos temidos submarinos alemães, cuja entrada seriam mais fácil de ser controlada pele estreito de Dardanelos.
Em 25 de abril de 1915, as forças britânicas, francesas, australianas e neozelandesas chegaram ao litoral da turquia na Península de Gallipoli e montaram uma perigosa base de operações perto de Dardanelos. O número de mortos e feridos foi grande . Os turcos estavam sob grande pressão; de um lado as forças anglo-francesas e de outro os exércitos russos, mas contavam com fortalezas e abastecimento terrestre contínuo, Depois de lutar contra os turcos cavando trincheiras e enfrentando terrenos e vegetação hostil, os britânicos e franceses concluíram que a vitória no Dardanelos era impossível.
A DISENTERIA INFLUENCIANDO OS RUMOS DA BATALHA DE GALLIPOLI
Batalha anteriores foram o aprendizado de como de evitam baixas por infecções nas trincheiras. Já era conhecido a presença de seres microscópios que causavam doenças, bem como várias técnicas para evitá-los ou tratá-los. Os “pé-de-trincheira” era tratado purificando a água com cloro, fumigando roupas e assegurando banhos regulares durante os rodízios fora da linha de frente. Vacinas evitavam o tétano e, para a gangrena gasosa, havia o “líquido de Dakin”, um antisséptico desenvolvido por um químico britânico e por um cirurgião franco-americano, mas a era dos antibióticos só chegaria na Segunda Guerra Mundial.
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Assim, o Império Austro-húngaro iniciou ataque a Sérvia. Dentro de uma semana cinco potências e diversas outras menores estavam lutando ou prestes a lutar. Países expectadores escolhiam a melhor hora de entrar no conflito. No primeiro mês o Japão se posicionou contra a Alemanha empregando sua frota marítima. Em novembro os turcos juntaram-se aos alemães, e no mês seguinte a Itália. Quanto mais países entravam no conflito, mais difícil se tornava a tarefa de reunir todos para uma negociação de paz. O patriotismo tornou-se agressivo, até nas Igrejas os sermões pregavam um nacionalismo exacerbado.
Nesta guerra, diferentemente das anteriores, não era mais necessários pessoas para cultivar e levar alimentos, assim poderia dispor de um maior "patrimônio humano" para as batalhas. As nações européias obrigavam quase todos os homens jovens ou de meia idade a passar por um treinamento militar. As mulheres poderiam ser transferidas para as fábricas de munições. Nas guerras napoleônicas um país podia dispor de 12% da sua população, agora o mundo poderia usar 50% para trabalhar para a guerra.
UMA DAS PRINCIPAIS BATALHAS: A BATALHA DE GALLIPOLI.
Na península turca de Gallipoli se localiza na entrada do estreito de Dardanelos. Local extratégico com apenas 7 km de extensão, liga o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro, sendo portanto de fácil controle. Antes da guerra, a Alemanha, visando o estreito de Dardanelos, assina secretamente, uma aliança militar com a Turquia. Dardanelos era de extrema importância para a Rússia, pois era a rota que levava suprimentos para seus exércitos. Além do que, o Mar Negro estaria protegido dos temidos submarinos alemães, cuja entrada seriam mais fácil de ser controlada pele estreito de Dardanelos.
Estreito de Dardanelos |
A Rússia tinha abundância em soldados, mas escassez terrível em armamento pesado e até mesmo em uniformes para o frio. O exército russo se comparava a um grande rolo compressor, mas este rolo precisaria de suprimentos para mover-se e afastar as centenas de soldados alemães nas fronteiras.
Assim o estreito de Dardanelos se tornou crucial. A Grã-Bretanha, com toda sua força naval, se voltou para este local. Em 25 de abril de 1915, as forças britânicas, francesas, australianas e neozelandesas chegaram ao litoral da turquia na Península de Gallipoli e montaram uma perigosa base de operações perto de Dardanelos. O número de mortos e feridos foi grande . Os turcos estavam sob grande pressão; de um lado as forças anglo-francesas e de outro os exércitos russos, mas contavam com fortalezas e abastecimento terrestre contínuo, Depois de lutar contra os turcos cavando trincheiras e enfrentando terrenos e vegetação hostil, os britânicos e franceses concluíram que a vitória no Dardanelos era impossível.
A DISENTERIA INFLUENCIANDO OS RUMOS DA BATALHA DE GALLIPOLI
Batalha anteriores foram o aprendizado de como de evitam baixas por infecções nas trincheiras. Já era conhecido a presença de seres microscópios que causavam doenças, bem como várias técnicas para evitá-los ou tratá-los. Os “pé-de-trincheira” era tratado purificando a água com cloro, fumigando roupas e assegurando banhos regulares durante os rodízios fora da linha de frente. Vacinas evitavam o tétano e, para a gangrena gasosa, havia o “líquido de Dakin”, um antisséptico desenvolvido por um químico britânico e por um cirurgião franco-americano, mas a era dos antibióticos só chegaria na Segunda Guerra Mundial.
A epidemia não seria mais o principal fator para definir o resultado de uma batalha, mas ainda era um grande aliado para aqueles que, de certa forma, se encontravam protegidos dela.
A disenteria amebiana, embora comum no norte da África, não tinha atingido a Europa até o verão de 1915, quando de espalhou nas trincheiras de Gallipoli. A maior parte dos soldados britânicos, que lá se encontravam foi infectada, pois a doença se espalhava através de larvas de moscas. Foram mais de 120.000 baixas. A disenteria foi um dos fatores decisivos no fracasso da campanha de Gallipoli. Ao final do ano de 1915, os exércitos britânicos e franceses foram abandonado o local . Se tivessem conseguido dominar Dardanelos e Constantinopla, poderiam ter mandados comboios de suprimentos para o exército russo, e o resultada da guerra para a Rússia, bem como os caminhos que este país tomaram poderiam ter sido muito diferente
A disenteria amebiana, embora comum no norte da África, não tinha atingido a Europa até o verão de 1915, quando de espalhou nas trincheiras de Gallipoli. A maior parte dos soldados britânicos, que lá se encontravam foi infectada, pois a doença se espalhava através de larvas de moscas. Foram mais de 120.000 baixas. A disenteria foi um dos fatores decisivos no fracasso da campanha de Gallipoli. Ao final do ano de 1915, os exércitos britânicos e franceses foram abandonado o local . Se tivessem conseguido dominar Dardanelos e Constantinopla, poderiam ter mandados comboios de suprimentos para o exército russo, e o resultada da guerra para a Rússia, bem como os caminhos que este país tomaram poderiam ter sido muito diferente
Campanha de Galípoli, Abril 1915. fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Campanha_de_Gal%C3%ADpoli acessado em 11/05/2012 |
Relatos de soldados revelam obstáculos da invasão em Gallípoli – Do barco, marinheiro britânico conta como foi virar alvo dos tiros – No mar e na terra, uma amostra da resistência dos otomanos:
"Quando o senti o barco tocar em terra, corri em direção ao arame farpado na praia, locomovendo-me pela água que devia estar ainda a um metro de altura. Descobri que apenas Munsell e outros dois homens haviam me seguido. À direita de mim, em um rochedo, havia uma fileira de otomanos em uma trincheira, atirando em nossa direção. Olhei para trás. Uma fila de soldados encontrava-se disposta nas bordas da areia. O mar estava absolutamente vermelho, e era possível ouvir os gemidos em meio ao ruído da fuzilaria. Havia alguns poucos dos nossos atirando de volta. Eu os chamei para avançar. O soldado atrás de mim, porém, gritou: "Fui atingido no peito." Percebi então que todos haviam sido atingidos"
Fonte: http://historianovest.blogspot.com.br publicado em 3 de maio de 2012 acessado em 11/05/2012
E O TIFO REAPARECE...
A Alemanha era a maior produtora européia de produtos químicos, máquinas operatrizes, de rolamentos, velas de ignição e munições óticas. A Grã-Bretanha e a França, incapazes industrialmente, precisavam importar muitos produtos dos Estados Unidos. Alemanha então passou a interceptar navios norte-americanos tanto de passageiros como cargueiros, com submarinos cada vez maiores. O ataque ao transatlântico Lusitânia, procedente dos Estados Unidos, lotados de mulheres e crianças, resultou em 1.198 mortes, resultou em grande revolta, este e outros, motivaram os Estados Unidos a deixarem de ser uma nação neutra para entrarem na guerra.
O tifo não mais assustava o mundo há quase 100 anos atrás com o fim das guerras napoleônicas. Somente Rússia apresentava a doença de forma endêmica, com noventa mil casos por ano. Mas qualquer situação de fome, guerra e aglomeração de pessoas poderia criar condições para desencadear uma epidemia de tifo.
Em novembro de 1914, uma epidemia de tifo eclodiu entre os povos da Sérvia. Depois do ataque autro-úngaro, a população se encontrava em uma cidade em ruínas, sem locais para atendimento médico, vivendo em alojamentos improvisados e o agravante de sessenta mil prisioneiros austríacos, muitos com tifo. Esses homens eram enviados a prisões da Sérvia em trens lotados. Os exércitos sérvios eram transferidos para áreas diferentes e a população peregrinava à procura de condições melhores de moradia.
No inverno de 1915 o tifo matou 150 mil pessoas, a ocorrência era de até seis mil mortes por dia, em diversas regiões da Sérvia, entre militares e civis. As operações militares da Sérvia foram suspensas para o combate ao piolho, já conhecido como agente da doença, mas não impediu a perda de 25% do exército sérvio. A guerra nesta fronteira ficou parada por 6 meses.
A Rússia sofreu várias derrotas na fronteira com a Alemanha e o Império Austro-Húngaro, sendo obrigada a recuar, perdendo territórios . Os soldados permaneciam nas trincheiras, onde a disseminadão dos piolhos os fazia ter mais medo do tifo do que da própria guerra. No primeiro ano do confronto, cem mil casos da doença ocorreram na Rússia, após as derrotas do ano de 1916, com o recuo do exército, o número de casos já atingia 150 mil. Mas seria entre os anos de 1917 e 1921, período Revolução Bolchevista que a Rússia mais sofreria com as epidemias de tifo, registrando-se um total de trinta milhões de acometidos, e três milhões de mortes, uma das maiores epidemias da história e que, com toda certeza, ajudou nos caminhos políticos e econômicos tomados pela Rússia.
A Rússia sofreu várias derrotas na fronteira com a Alemanha e o Império Austro-Húngaro, sendo obrigada a recuar, perdendo territórios . Os soldados permaneciam nas trincheiras, onde a disseminadão dos piolhos os fazia ter mais medo do tifo do que da própria guerra. No primeiro ano do confronto, cem mil casos da doença ocorreram na Rússia, após as derrotas do ano de 1916, com o recuo do exército, o número de casos já atingia 150 mil. Mas seria entre os anos de 1917 e 1921, período Revolução Bolchevista que a Rússia mais sofreria com as epidemias de tifo, registrando-se um total de trinta milhões de acometidos, e três milhões de mortes, uma das maiores epidemias da história e que, com toda certeza, ajudou nos caminhos políticos e econômicos tomados pela Rússia.
O FIM DO GRANDE CONFLITO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A expectativa seria de que a guerra iniciada em agosto de 1914, terminaria antes do Natal, previa-se a perda de um grande número de vidas, mas o conflito seria breve, com a ajuda de ferrovias, telégrafo e armas mais modernas, além do mais os sistemas bancários e financeiros não aguentariam sustentar uma guerra longa.
No entanto o conflito foi até o ano de 1918, marcado por constantes derrotas da Alemanha e do Império Austro-Húngaro, e a saída antecipada da Rússia, enfraquecida pelos conflitos internos, e pelo tifo. Finalmente, no final daquele ano, em 11 de novembro, foi assinado o tratado que colocou fim a Primeira Grande Guerra, o Tratado de Versales.
A paz havia finalmente chegado, era o que todas as nações desejavam mas em seus próprios termos.
Em Paris o tratado de "paz" insistia que a Alemanha foi a única culpada pela guerra. Assim os vencedores dividiram a área central da Alemanha, tomaram todas as suas colônias, confiscaram sua marinha e ainda dispensaram seus exécitos além de imensa multa impostas como reparações da guerra.
Estas séries de exigências do Tratado de Versalhes, seriam responsáveis pela crise que precipitaria a Segunda Guerra Mundial anos depois.
sites consultados:
http://tmcr.usuhs.edu/tmcr/chapter19/intro.htm acessado em 11/05/2012
http://httpwwwyoutubecomwatchv3v1wwv.blogspot.com.br/ acessado em 11/05/2012
A expectativa seria de que a guerra iniciada em agosto de 1914, terminaria antes do Natal, previa-se a perda de um grande número de vidas, mas o conflito seria breve, com a ajuda de ferrovias, telégrafo e armas mais modernas, além do mais os sistemas bancários e financeiros não aguentariam sustentar uma guerra longa.
No entanto o conflito foi até o ano de 1918, marcado por constantes derrotas da Alemanha e do Império Austro-Húngaro, e a saída antecipada da Rússia, enfraquecida pelos conflitos internos, e pelo tifo. Finalmente, no final daquele ano, em 11 de novembro, foi assinado o tratado que colocou fim a Primeira Grande Guerra, o Tratado de Versales.
A paz havia finalmente chegado, era o que todas as nações desejavam mas em seus próprios termos.
Em Paris o tratado de "paz" insistia que a Alemanha foi a única culpada pela guerra. Assim os vencedores dividiram a área central da Alemanha, tomaram todas as suas colônias, confiscaram sua marinha e ainda dispensaram seus exécitos além de imensa multa impostas como reparações da guerra.
Estas séries de exigências do Tratado de Versalhes, seriam responsáveis pela crise que precipitaria a Segunda Guerra Mundial anos depois.
sites consultados:
http://tmcr.usuhs.edu/tmcr/chapter19/intro.htm acessado em 11/05/2012
http://httpwwwyoutubecomwatchv3v1wwv.blogspot.com.br/ acessado em 11/05/2012
Olá Cássia,
ResponderExcluirobrigada por ter citado o blog Algumas Palavras em seu ótimo post.
Um abraço,
Luciana Messeder