segunda-feira, 23 de abril de 2012

AS EPIDEMIAS QUE FINALIZARAM O SÉCULO XIX

                                
A FEBRE AMARELA NAS AMÉRICAS DO SUL E DO NORTE

As ilhas do Caribe, desde o século XVII, foram as principais concentrações do Aedes aegypti mosquito transmissor da febre amarela.
No início do século XIX, os Estados Unidos se lançaram num processo de aquisição de regiões mais ao sul, a fim de ampliar seu território. Assim, em 1803, compraram da França toda a área de Lousiana e em 1812 tomaram da Espanha as regiões da Flórida e do Mississippi.
O sul dos Estados Unidos tornou-se então uma região agrícola, mão de obra seria necessária para as plantações de algodão. Das ilhas do Caribe, começariam a chegar escravos e junto com eles a febre amarela.
Na segunda metade do século XIX, começaram as epidemias de febre amarela no sul dos Estados Unidos. A doença entrava pelos portos de Nova Orleans e Charleston, disseminando-se para o interior pelo rio Mississippi ou pela orla atlântica.
Em 1853 chegava em Nova Orleans a notícia da epidemia de febre amarela. O alarme provocou grande êxodo e a cada 10 habitantes restaram apenas 1 na cidade. Cerca de 50 mil moradores fugiram e nove mil morreram. A epidemia alastrou-se em direção norte, deixando um rastro de 11 mil mortos.
Vinte e cinco anos depois, Nova Orleans viveria uma segunda epidemia ainda mais assustadora. Um terço dos habitantes fugiu, cerca de 150 mil, e outros vinte mil foram acometidos. A epidemia disseminou-se pelo rio, atingiu duzentas cidades de oito estados diferentes. Um total de 20 mil mortos ocorreu em um ano.
Nesta época, o telégrafo já havia sido inventado, as mensagens eram transmitidas com mais rapidez, e junto com as recentes descoberta dos miccroorganismo, marcaram esta epidemia com atos  de violência. No ano de 1897, populações passaram a proibir a entrada de estrangeiros nas cidades, destruir pontes e estradas de ferro e construir barreiras.
Havia evidências suficientes para relacionar a febre amarela com as ilhas do Caribe. Em Cuba a doença já era endêmica. Em 1881, o médico biólogo cubano Carlos Juan Finlay, estudando a doença na ilha, publicou um artigo sugerindo que sua transmissão se dava pela picada do mosquito
Em 1898, as epidemias de febre amarela varreram o sul do país, obrigando o governo, por intermédio do médico Walter Reed, tomar providências urgentes na ilha de Cuba, invadida havia pouco tempo pelos Estados Unidos. Surgiu a primeira oportunidade para investigarem a doença



NA EPIDEMIA DA FEBRE AMARELA A OPORTUNIDADE PARA ENTENDER A DOENÇA.

Walter Reed,  foi encarregado de investigar a febre amarela em Cuba. Ciente dos estudos de Finlay, recrutava voluntários para testar sua teoria. Os voluntários eram submetidos ao contato com secreção de doentes. Dormiam em camas com sangue e e usavam as roupas dos enfermos. Como os voluntários não apresentaram nenhuma reação própria da doença, esses primeiros estudos mostraram que a febre não era contagiosa. Walter Reed, submeteu cinco militares americanos à picada do Aedes aegypti e constatou o início da febre amarela.


Pintura de Dean Cornwell mostrando o experimento realizado em 1900 por Walter Reed em Cuba, com os voluntários expostos aos mosquitos


Medidas foram adotadas para exterminar o mosquito, como a extinção dos criadouros em água parada. Os resultados foram excelentes. Em 1900, registraram-se mais de mil casos da doença, em 1901, apenas 37 e finalmente em 1902, ela estava extinta em Havana.


Pacientes com febre amarela em um Hospital em Havana
disponível em 20/04/2012



A TERCEIRA PANDEMIA DE PESTE BUBÔNICA

A epidemia de peste bubônica sempre foi das mais temidas. A cada surto ocasionava a morte de praticamente um terço da população da cidade, fuga em massa de habitantes apavorados e prejuízo comercial pelas medidas de quarentena e estagnação do comércio.
Foram 3 pandemias que acometeram a humanidade, cada uma delas iniciou e terminou inesperadamente.
A primeira epidemia, conforme relatado em postagem anterior, foi no século VI  em Constantinopla. Naquela época, a cidade desenvolvia e crescia, recebendo muitas embarcações vinda principalmente da Índia. Em uma destas rotas transportou ratos infectados. Durante 4 meses morriam, por dia, cinco a dez mil pessoas, no primeiro ano acredita-se que tenha morrido trezentas mil.
Oitocentos anos depois a peste ressurgia na Itália. A Europa tinha uma super população e enfrentava grande fome. A fragilidade da situação ajudou a segunda pandemia ser pior do que a primeira. A doença matou cerca de um terço da população em apenas 3 anos, cerca de 20 milhões de pessoas
Seiscentos anos depois a peste bubônica encontraria uma civilização com navios a vapor que atravessavam os oceanos. Desta vez a peste não ficaria somente no continente europeu, agora se extenderia também para o continente americano. Em contrapartida  a humanidade já contava com pessoas que não acreditavam mais que as epidemiras eram castigos de Deus...




DESPERTANDO O BACILO DA PESTE....

No início da década de 1800, Yunnam, uma  vila na região sul da China, longe do litoral, tinha uma população rural que vivia da agricultura auto suficiente e isolada do mundo em desenvolvimento. Junto com esta população o bacilo da peste bubônica vivia em equilíbrio. Quando surgia moradores acometidos com a peste, a comunidade tratava com ervas tradicionais, muitos se curavam, muitos pioravam. Não demonstrando sinais de melhora eram levados para locais desertos e afastados. Nessa região não havia rotas comerciais e a peste se manifestava de forma discreta longe do conhecimento do mundo.



 Yunnan, província no sudoeste da China, situa-se aos pés da Montanha do Dragão de Jade, que passa o ano inteiro cobertas de neve.
disponível em 20/04/2012
Hoje Yunnam é assim.....
 A China  do século XIX desfrutava de paz e tranquilidade, com a construção de palácios, bibliotecas, desenvolvimento da arquitetura, arte e educação. Mantinha relações muito fechadas com a civilização ocidental. Somente era permitido um porto comercial em Cantão. Europeus eram mutio descontentes com esta situação. Depois da revolução industrial, os ingleses precisavam mudar esta realidade, pois era necessário expandir seus produtos.

Porto de Cantão, em Macau. entreposto comercial na Ásia.
A China produzia e vendia, chá de qualidade,seda e porcelana, que eram apreciadas por toda Europa. Os ingleses compravam muito da China e os chineses não se interessavam pelos produtos da Inglaterra. Estima-se que no início do século XIX a China já contava uma população de cerca de 450 milhões de pessoas, um excelente mercado.
disponível em 20/04/2012


Ao final do século XIX, os ingleses, viram no descontentamento da população chinesa com o regime opressor do governo, uma oportunidade para penetrar naquele comércio tão fechado. A alternativa era oferecer um produto, que, por motivos óbvios, seria bastante consumido: o ópio.
O ópio procedia principalmente da Índia, era desembarcado dos navios ingleses no porto de Cantão e percorria as estradas para o interior até Yunnan.
Em 1838, a população sucumbia ao ópio, ricos e pobres se entregaram a droga, enormes quantidades de prata chinesa eram embarcadas nos navios ingleses.


Fumantes de ópio.
A China poderia se tornar o maior país do mundo – desde que se tornasse militarmente mais forte.  Perderam as Guerras do Ópio: a Inglaterra impôs que os chineses deixassem a droga ser vendida livremente no país. O ópio, produzido na Índia, era a espúria contrapartida que a Inglaterra encontrara para equilibrar seu comércio com a China, de quem consumia chá, seda e porcelana.)

Diante deste panorama o governo de Pequim proibiu o mercado e o consumo de ópio. Começara a primeira Guerra do ópio. Ao fim da guerra em 1842, o resultado foi a favor dos ingleses; a China foi obrigada a abrir mais portos, o vilarejo de Hong Kong foi cedido aos ingleses.
Yunnam não era mais o vilarejo isolado:  viciados e mercadores clandestinos transitavam da cidade para porto de Cantão. E o bacilo da peste não ficaria mais restrito somente naquele lugar.
O ano de 1850 foi marcado pela má safra da agricultura, fome e miséria, unido ao descontentamento da população, dando origem a uma guerra civil que duraria 14 anos. As migrações e fugas aumentaram, assim como o movimento de tropas,. Todos estes acontecimentos foram suficientes para inciar a terceira epidemia da peste negra.
Em 1894 a cidade de Cantão foi acordada  no dia 1º de maio com notícias da epidemia da peste. Somente nos meses de maio, junho e julho morreram setenta mil pessoas. Seria preciso conter a epidemia.



NA EPIDEMIA DA PESTE BUBÔNICA A OPORTUNIDADE PARA ENTENDER A DOENÇA:

A bacteriologia vivia sua fase ouro, no auge da descobertas dos microorganismos, a teoria dos miasmas era passado. Em algumas doenças, como tuberculose, pneumonia, cólera, difteria, pneumonia e escarlatina, já  tinham seus agentes identificados. A causa da peste ainda permanecia um mistério e agora seria a oportunidade para esclarecê-lo.
Chegou à Hong Kong em 1894, a equipe do Dr. Shibasaburo Kitasato, médico experiente da escola alemã de Robert Koch. Kitasato foi muito bem recebido pelas autoridades inglesas. Todas as condições para que ele descobrisse a bactéria da peste bem como seu controle foram atendidas.
Em junho do mesmo ano,  Hong Kong também receberia o Dr. Alexander Yersin, Médico do Instituto Pasteur.Yersin não encontrou a mesma hospitalidade. A equipe de Kitasasto, da escola de Koch, mostrou-se hostil em relação a chegada do bacteriologista da escola de Pasteur.


Shibasaburo Kitasato
Médico japonês
 (1852-1931)











Alexander Yersin
Médico suiço
1863-1943
Yersin tomou uma decisão ousada; instalou-se em uma construção rudimentar, um paiol contruído de palha e bambu. Para lá levou seu microscópio, alguns roedores e meios de cultura para as bactérias. Precisaria agora do mais importante; o material biológico.
Os mortos pela doença, cerca de uma hora, ficavam em covas rasas, até serem enterrados. Foi nestes locais que Yersin conseguiu o material que tanto precisava. Abria as mortalhas na altura da virilha, introduzia a agulha no centro do bubão, e com a seringa, aspirava o material do interior.
Yersin, no laboratório, analisando ao microscópio, viu surgir uma enorme quantidade de bacilos diante dos seus olhos, era o bacilo que posteriormente seria batizado como Yersinea pestis.

Enfim o causador de milhões de mortes que por séculos dizimara boa parte da humanidade estava descoberto!!
disponível em 22/04/2012



Yersin in his laboratory in Kennedy Town. Photo: Hong Kong Museum of Medical Sciences
 
 
Os casos da peste continuaram. Yersin precisava esclarecer o meio pelo qual a a doença era transmitida. Seus estudos se intensificavam nos locais mais acometidos.  Yersin isolou e identificou o bacilo no chão das casas e nos ratos mortos. Formulou a teoria de que os ratos transmitiam a doença, que estava parcialmente correta só faltava incriminar também a pulga do rato!
Em abril de 1895, Yersin voltava para o Instituto Pasteur, em Paris, onde as amostras que enviara já haviam sido exaustivamente examinadas.  O Instituto direcionava sua atenção agora para a produção de vacinas e soros.
O bacilo então era introduzido em cavalos, que, em resposta ao agente estranho, produziam anticorpos para combatê-los. O sangue do animal era retirado e dele separava-se o soro contendo anticorpos.
Assim Yersin, dispondo de recursos, retornou a Ásia em 1986, instalou seu laboratório, para a produção do soro antipestoso. Ele administrava o soro em doentes e registrava cuidadosamente suas reações. Uma a um, os primeiros vinte pacientes evoluíram para melhora dos sintomas e a doença desapareceu nas pessoas tratadas.



A PESTE CONTINUA SUA DESTRUIÇÃO

Apesar das recentes descobertas, as condições para a doença propagar-se eram mais favoráveis e por isto a doença continuou sua destruição.
A Índia mantia fortes ligações comerciais e a chegada da peste era questão de tempo. Assim, no verão de 1896,  o porto de Bombaim, foi recebido com a notícia da chegada da peste.  Estradas que levavam ao interior começaram a ficar lotadas de imigrantes de Bombaim. Essa migração de duzentas mil pessoas foi responsável por levar a peste à região central e ao sul da Índia. Medidas urgentes deveriam ser tomadas para conter a peste, que já batia as portas da Europa.
Desta vez, Paul Louis Simond, outro membro do Instituto Pasteur iria até a Índia para estudar a doença.
O meio científico ainda não sabia que os insetos transmitiam a doença. Somente dois anos depois Walter Reed comprovaria a transmissão da febre amarela através do mosquito.
Simond observou nos doentes algumas lesões minúsculas, em forma de vesículas, no mesmo membro em que, a virilha ou axila, crescia o bubão. Recolheu o material do interior dessas vesículas e surpreendeu-se ao encontrar o bacilo da peste.
O rato transmitia a peste e a porta de entrada era a pele. Assim Simond descobriu que o bacilo era introduzido na pele e o único elo seriam as pulgas do rato infectadas pelo bacilo.
Para provar sua teoria Simond montou uma gaiola com dois compartimentos. Em um, colocou um rato infectado pela peste e no outro um rato sadio.
Após o quinto dia o rato sadio começou a mover-se com dificuldade  e no sexto dia morreu.  A sua necrópsia comprovou que ele morreu infectado com a peste.




A PESTE SE ESPALHA NA EUROPA  E NAS AMÉRICAS.

A peste tomou dois rumos; embarcações pelo oceano Pacífico levavam a doença até o Havaí, e posteriormente a cidade de São Francisco nos Estados Unidos. A outra direção que tomaria teria como destino a Europa através do mar Vermelho que atravessando o canal de Suez chegaria ao Mediterrâneo. As relações comerciais, principalmente com Portugual levariam a peste ao Brasil e a Argentina
Em 1899 ocorreu o primeiro caso da peste no Havaí. O foco principal da peste estava no bloco dez do bairro de Chianatow. Foram então proibido a entrada e saída de moradores. Desinfecção com cal foi feita nas ruas e nas casas dos doentes. Os mortos e suas casas foram queimados. Esta foi a pior medida que poderiam ter tomado. Pois o fogo alastrou-se  e, em poucas horas, um incêndio fora de controle tomou conta do bairro.  A peste, neste caso, fez menos vítimas do que o incêndio.
No mesmo ano enquanto o Havaí lutava contra a peste, esta chegava a Portugual, mais especificamente na cidade  do Porto e de Lisboa. Estas duas cidades eram as mais industrializadas de Portugual, abrigava meio milhão de trabalhadores nas indústrias. Ao anoitecer, milhares de trabalhadores, incluindo crianças e mulheres deixavam as fábricas, percorrendo bairros pobres, ruas com quantidades enormes de lixo e ratos e esgotos a céu aberto.
No Brasil a peste entrou pelo porto de Santos,  na época, principal ponto comercial do Brasil.
Um hospital, distante da cidade, fora construído para abrigar pacientes em quarentena e vítimas de epidemias, era o Hospital de Isolamento. As alas eram divididas e por elas somente circulavam pessoas autorizadas. Foi neste local, devido a chegada da peste, que uniu, pela primeria vez,  quatro personagens importantes da história da saúde pública brasileira: Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, Vital Brasil e Emílio Ribas.


O antigo Hospital de Isolamento, feito em 1892"
fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0353i.htm
disponível em 22/04/2012

Conforme postagens anteriores o estado de São Paulo dependia do desenvolvimento do café, a província ainda se adaptada à  substituição da mão de obra escrava pelo imigrante, se recuperava das epidemias de cólera e febre amarela,  tentava controlar os casos crescentes de tuberculose entre a população pobre, trabalhava para conter o avanço da malária e lutava para vacinar um maior número de pessoas contra as epidemias da varíola. Com tantos problemas a enfrentar, tudo o que o governo não queria era a chegada da peste no Brasil.



Viela existente em Santos até 1905, chamada Beco 24 de Maio.
 Este local foi arrasado e alargado, formando uma galeria
que comunica a Rua Santo Antonio com a 24 de Maio"Foto publicada com esta legenda no livro A Campanha Sanitária.
fonte:http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0353g.htm
disponível em 23/04/2012..


Em meados de 1899 as autoridades sanitárias encaminharam ofício urgente ao diretor do Serviço Sanitário, Emílio Ribas, chamando a atenção para a quantidade de ratos mortos encontrados nos armazéns de café no porto de Santos. Em 9 de outubro de 1899 enviaram Vital Brasil para dirigir os trabalhos de investigação.
Vital Brasil, no Hospital de Isolamento, examinou vários ratos apreendidos no porto. Cinco dias depois uma jovem morreu com os sintomas da doença. Ao microscópio, Vital Brasil encontrou o bacilo da peste. Nos quatro dias seguintes, junto com a chegada de Emílio Ribas, entraram mais cinco doentes com a peste.
A cidade estava ameaçada pela doença. Representantes da Associação do Comércio de Santos não aceitavam as notícias, discordando dos vereadores na Câmara Municipal. Decidiu-se então chamar o médico carioca Oswaldo Cruz que confirmou a presença peste.
A terceira grande epidemia de peste bubônica, que se iniciara na China, se espalhara pelo mundo e havia chegado em Santos.
Oswaldo Cruz, Emílio Ribas  e Adolfo Lutz permaneciam na cidade para tentar controlar a epidemia. Circulavam pelos corredores do Hospital de Isolamento examinando os doentes. Vital Brasil  não mais fazia parte deste grupo, encontrava-se   num leito do Hospital  acometido pela peste. Após dias de febre e cuidados especiais de seus colegas, e assim como a febre amarela  que também contraíra anteriormente, reagiu e teve a sorte de evoluir para a cura. O soro antipestoso produzido por Yersin era a única esperança de tratamento, mas apenas a França o produzia e, não dispunha de quantidades suficientes para exportar.
O soro francês não poderia ser importado,  assim era preciso construir laboratórios no Brasil para a produção interna.
 Em São Paulo, o governo comprou a Fazenda Butantan para nela instalar os laboratórios produtores de soro antipestoso. Recuperado da peste, Vital Brasil foi designado responsável pela direção do instituto que fabricaria o soro. Ela percorria 9 km de estradas lamacentas que o conduziam a fazenda, na qual se manipulava bacilos causadores da terrível doença. No Rio de Janeiro o governo criou o Instituto de Manguinhos atualmente Instituto Oswaldo Cruz. Assim, em razão da peste, nasceram dois locais que seriam marcos da produção científica de uma época de ouro para a pesquisa brasileira.


Instalações da fazenda desapropriada onde tiveram início as atividades do Instituto Soroterápico Federal que mais tarde se transformaria no Instituto Oswaldo Cruz
fonte:http://www.fiocruz.br
disponível em 23/04/2012


Primorosa obra em estilo eclético e ornamentado ricamente segundo a tradição árabe, o Castelo Mourisco começou a ser construído em 1905
disponível em 23/04/2012


Um recanto de Manguinhos, com as saudades do Oswaldo
[Postal enviado por Oswaldo Cruz a Vital Brazil em 15-VIII-1904
fonte: http://www.fapesp.br/4919.html
disponível em 23/04/2012.

Em 15 de janeiro de 1900, apesar das poucas mortes, desembarcou em Santos, quantidades suficientes de soro antipestoso para controlar a epidemia no Brasil.
A doença continuou no Rio de Janeiro e nos portos da Argentina . Da América do Sul chegou na cidade de Cabo na África do Sul. A peste fechava-se assim a volta ao redor do planeta.

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