quarta-feira, 30 de maio de 2012

DEPOIS DA GRANDE GUERRA A PIOR EPIDEMIA.


A GRIPE ESPANHOLA DOMINA O MUNDO

Pouco antes do término da Primeira Grande Guerra , o mundo sofreria com algo ainda mais devastador.
O estágio em que encontrava a ciência, com as medidas para prevenir contágios,  bactérias descobertas e vacinas sendo amplamente utilizadas, não foi suficiente para evitar a pior epidemia que a humanidade  enfrentaria. O  agente etiológico desta vez seria um vírus, forma de vida que só seria descrito em 1931, aproximadamente 11 anos após a epidemia.
Na história da humanidade, o vírus da gripe sempre foi endêmico. Entretanto, a taxa de mortalidade pela doença sempre foi baixa e decorrente de complicações como  pneumonia, acometendo extremos de faixa etária: as crianças e os idosos. .Mas o ano de 1918, marcou o surgimento de um novo vírus da gripe, com poder de invasão muito maior que se alastrou pelo  mundo todo, causando uma mortandade nunca vista antes e atingindo também os jovens. Por aparecer no último ano de guerra, sua disseminação foi facilitada pelos militares combatentes. Cerca de um quinto da população mundial foi acometida pela doença. Nos anos da gripe, entre  1918 e 1919, foram cerca de 20 a 40 milhões de mortes, muito mais que os oito milhões de combatentes da Primeira Guerra Mundial e os 16 milhões da Segunda.
 E o planeta Terra ficou gripado!!

Não se sabe ao certo a origem da epidemia, acredita-se que tenha iniciado nos Estados Unidos ou na Ásia.
A primeira onda de casos foi efêmera e ocorreu na primeira metade de 1918, em praticamente todo o hemisfério norte. A maioria dos países, ainda em guerra,  não queria admitir o surto que estava acontecendo. A Espanha, como era neutra no conflito,   relatou  a gravidade da nova epidemia que assolava o país, alertando a comunidade mundial, motivo que contribuiu para que a epidemia recebesse o nome de "gripe espanhola".
No final de agosto, porém as consequências foram muito mais severas.  O vírus transferiu-se, mais rapidamente, de pessoa a pessoa e ganhou progressivamente todos os lugares: Ásia, Europa, Américas. Mas dessa vez ela estava diferente; estranhamente atacava os jovens. Os sintomas também estavam diferentes; além da febre e dor de cabeça, em alguns dias começava a falta de ar, o rosto  e extremidades começavam a ficar roxo e a pessoa morria com os pulmões cheios de fluidos.


“Desenvolvem rapidamente o tipo mais viscoso de pneumonia jamais visto. Duas horas após darem entrada, têm manchas castanho-avermelhadas nas maçãs dos rostos e algumas horas mais tarde pode-se começar a ver a cianose estendendo-se por toda a face a partir das orelhas, até que se torna difícil distinguir o homem negro do branco. A morte chega em poucas horas e acontece simplesmente como uma falta de ar, até que morrem sufocados. É horrível. Pode-se ficar olhando um, dois ou 20 homens morrerem, mas ver esses pobres-diabos sendo abatidos como moscas deixa qualquer um exasperado”.
Relato de médico americano encontrado 60 anos depois da epidemia terminar


Nos Estados Unidos, a doença atingiu todos os estados. No auge da doença, na Filadélfia, morreram cerca de sete mil pessoas em duas semanas. O número de mortes excedia a quantidade de caixões existentes para os enterros. Os bondes eram usados para levar os corpos dos doentes, aumentou o número de crianças órfãos no país. O total de mortes, provavelmente sub estimado, só nos Estados Unidos, foi de quinhentos  a 650 mil habitantes.
No Alasca, várias vilas de esquimós foram dizimadas.
Ao atingir a Europa, a doença acometeu cerca de oito milhões de pessoas.  Os alemães perderam 225 mil pessoas; na Itália , a doença matou 375 mil habitantes, só na cidade de Turim, quatrocentas mortes por dia, Paris com 5 mil mortos por semana, na Inglaterra 228 mil mortos, em Madri, um em cada três habitantes, ficou doente.  A Índia foi a principal vítima da gripe, pelas estradas de ferro a gripe espalhou-se, e acometeu mais da metade da população, foram perdidas 12 milhões de vidas. No final de 1919, a gripe chegou a Bombai, levada pelas embarcações com doentes, em uma semana, morreu cerca de 1500 pessoas.  A produção indiana de juta e algodão diminuiu, contribuindo para o prejuízo econômico. A colheita foi fraca, gerando fome.
A cidade africana Freetown, em Serra Leoa, recebeu a gripe pelas embarcações inglesas, em um mês já atingira dois terços da população, matando 3% dos enfermos.
Na Inglaterra e País de Gales morreram cerca de duzentas mil pessoas.



Covas coletivas na Philadelfia
Mais uma vez o mundo viu horrorizado a humanidade regredir aos tempos medievais, quando corpos de parentes eram abandonados nas casas vazias, ou levados para serem deixados nas calçadas, numa tentativa frenética de livrar-se do mal.
fonte: http://histatual.blogspot.com.br/2011/10/gripe-espanhola-1918.html
disponível em 17/05/2012

A economia mundial entrou em crise, diminuíram as explorações de ouro na África do Sul, com a falência de empresas em todos os continentes, as plantações de café na América Central foram duramente prejudicadas, a fome agravou a situação no vale do rio Ganges, batatas não eram plantadas na Polônia. Sem contar a situação que se encontrava a Europa, recém-saída da Primeira Grande Guerra.
As mortes continuaram por todo o globo até que, como uma nuvem, a Gripe Espanhola desapareceu, dissipando-se sem deixar respostas às inúmeras perguntas dos cientistas. O vírus, que não pôde ser encontrado e isolado, morreu junto com os tecidos putrefatos das últimas vítimas de 1919. O medo permaneceria, pois se não foi possível identificar o vírus, não seria possível produzir uma vacina que pudesse prevenir uma nova onda mortal.






A GRIPE ESPANHOLA NO BRASIL

Em setembro de 1918, uma embarcação proveniente de Liverpool com escalas em Recife, Salvador e Rio de Janeiro foi a provável responsável pela introdução da gripe espanhola no Brasil.
O período de outubro a dezembro de 1918 foi o auge da gripe espanhola. Estima-se que entre outubro e dezembro de 1918, período oficialmente reconhecido como pandêmico, 65% da população adoeceu. Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes.  Na cidade de São Paulo foram em torno de 350 mil pessoas acometidas pela gripe, o que na época correspondia a dois terços da população paulistana e deixou aproximadamente 6.000 óbitos.
A epidemia gerou a necessidade de mais profissionais para cuidar dos doentes. As regras do exercício da profissão médica, rigorosamente seguidas desde a época da origem do Serviço Sanitário, foram temporariamente esquecidas, dando oportunidade para curandeiros e benzedeiras, principalmente no atendimento aos mais pobres.
As normas do Código Sanitário também foram deixadas de lado e vários leitos hospitalares foram instalados em clubes e escolas, mobilizando também os funcionários e voluntários não doentes para auxiliar no tratamento dos enfermos. A Hospedaria dos Imigrantes, no bairro do Brás tornou-se um grande hospital.
A elite médica não chegava a um consenso com relação ao agente causal da doença, ou mesmo tratamento. Cogitou-se a possibilidade da ocorrência de duas epidemias simultâneas, de gripe e de pneumonia. Diante disto surgiram uma série de remédios milagrosos, tônicos e fórmulas especiais para a cura e prevenção da gripe.
Por ordem do Serviço Sanitário do Estado, foram proibidas todas as atividades que causassem aglomerações públicas, como as sessões de cinema, os jogos de futebol.
Não havia cocheiros em número suficiente, uma vez que as carroças estavam sendo utilizadas na remoção de cadáveres e muitos carroceiros estavam gripados. Várias lojas e armazéns foram fechados devido à doença e até ao óbito de seus empregados e proprietários. Florescia a indústria de funerárias.
O Conselheiro Rodrigues Alves, ex-governador do Estado de São Paulo que enfrentara o combate à febre amarela e a vacinação em massa de varíola no início do século, juntamente com Oswaldo Cruz, conforme postagem anterior, foi eleito Presidente da República. Deveria tomar posse em 15 de novembro mas, infelizmente, foi impedido pela gripe que o vitimou em 16 de janeiro de 1919.




onte:http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-76342009000100004&lng=pt&nrm=iso
disponível em 16/05/2012



" Uma das cenas mais chocantes dessa época, era de uma família da vizinhança em que todos os membros morreram atingidos pela gripe espanhola. Certo dia cessaram todos os ruídos e movimentos na casa e decorridos alguns dias, vieram os agentes do Serviço Sanitário recolher os corpos de todos da casa, embrulhando-os em lençóis empilhando-os em uma viatura depois veio uma carroça do serviço de desinfecção, retiraram como lixo alguns pertences e borrifaram alguma substância desinfetante e por fim pregaram várias taboas lacrando as portas e janelas dessa residência."
Ivomar Gomes Duarte Médico Sanitarista









PRECISAMOS FICAR EM ALERTA!


O INICIO

A domesticação de animais trouxe muitos benefícios para a humanidade, pois passou a ter, a seu dispor, animais para alimentos e reprodução, sem precisar  sair para caçar, mas também trouxe microorganismos que, adaptados, foram responsáveis por algumas de nossas epidemias.
Alguns animais viviam próximos as habitações humanas. Reproduziam-se apenas o suficiente para manter a espécie. Enquanto esparsos na natureza, e embrenhados na matas, os animais raramente se infectam. Vírus agrediam suas vítimas e desapareciam daquele grupo em decorrência dos poucos animais circulantes.
Algumas aves passaram a ser caçadas e outras colocadas em cativeiros. Os ovos também eram utilizados para a alimentação.  Nasceram, assim, as primeiras aves que evoluíram para as atuais galinhas.
Essas criações extenderam-se ao norte e sudeste asiático, incluindo a China e oeste da Ásia.
Ainda surgiria outro companheiro do homem; o javali. Viria das ilhas do sudeste asiático. Os javalis colonizaram o sudeste asiático, sul da Ásia  e expandiram para território europeu. Em alguns momentos e locais distintos os humanos apoderaram de algumas subespécies de javalis. Em vez de matá-los, optaram por mantê-los em cativeiro para reprodução. Gerações de javalis com mutações levaram a descendentes menos agressivos. Originaram-se, assim, os porcos atuais.
Desde modo, as regiões asiáticas concentravam galinhas, porcos e humanos. Estas três espécies,  vivendo juntos, criaram melhores condições para que vírus trocados entre si sofressem maiores variações genéticas e consequentemente adaptações em novos hospedeiros; preparava-se o terreno para o nascimento de mais uma doença infecciosa humana originária dos animais que se perpetuaria por mais de dez mil anos e traria pânico no século XX.
Pesquisadores já calcularam o tempo das mutações para chegarem no primeiro ancestral de todos os vírus  atuais, esta primeira forma existiu a 2.000 anos atrás. Época em que já haviam instalado a agricultura e domesticação de animais.




O CAUSADOR DA PIOR EPIDEMIA DA HUMANIDADE

Até a década de 1950, não se conhecia o agente causador da gripe espanhola. Os vírus descobertos na década de 1930, foram os responsáveis pela tragédia, mas não se sabia qual espécie causadora, assim consequentemente não existia uma vacina eficiente para combatê-la, caso voltasse.
À época da epidemia, o pavor era enorme, os corpos, os pertences e os locais das vítimas foram sumariamente destruídos. Não restara nenhuma amostra que futuramente pudesse ser estudada.
Em 1951 duas expedições americanas para o Alasca foram  em busca de amostras que pudessem estar preservadas pelo gelo. Ambas fracassaram, achando apenas ossos e tecidos, onde o vírus já se encontrava inviável para estudos.
Somente em 1997 a caçada ao vírus foi retomada. Desta vez com técnicas mais avançadas, conseguiram recuperar o vírus viável em tecidos de pulmão congelados . O mundo agora conhecia o agente causador da mais terrível epidemia que a humanidade já enfrentara: o vírus influenza .
influenza é amplamente difundido na natureza e apresenta taxas de mutação elevadas, o que torna a vacinação necessária todos os anos. Poucos deles têm capacidade de invadir e sobreviver em outras espécies tais como o homem e suínos. As pandemias letais vieram exatamente de alterações genéticas que os tornam capazes de atingir o homem. Este potencial  não pode ser desprezado.
Todos os tipos de influenza, conseguem sobreviver em aves aquáticas e migratórias. O vírus das aves pode sofrer mutação que o torna capaz de invadir o homem. Por outro lado o homem pode estar com um  influenza causador de uma gripe comum, aparentemente inofensiva, mas com o poder de transmissão de homem para homem. Se presentes na mesma célula, o vírus da ave e o vírus do homem,  podem ser misturados, formando um terceiro tipo. Um tipo que causaria uma gripe letal e com capacidade de transmissão entre a população. Estaríamos diante de um vírus recém criado, portanto nosso sistema imunológico não estaria preparado. Resultado: pandemia fatal. Para isso ocorrer basta a natureza fornecer mutações nos vírus das aves que os tornem capazes de invadir o homem, porém, até o momento, o influenza estabelecido no homem e nas aves não se transmite, exceto se aparecerem formas novas nas aves.
Mas não precisaríamos esperar tanto se lembrarmos de outro animal susceptível ao  influenza, o porco. Os vírus das aves e dos humanos têm capacidade de invadir os suínos . Esse seria um forte candidato para receber ambos e precipitar a mistura de seus RNAs. Os ingredientes para isso foram encontrados no continente asiático, com imensos aglomerados humanos, de aves migratórias e criação de porcos.
O influenza é classificado em tipos diferentes, de acordo com a constituição de sua estrutura externa, hemaglutinina e neuramidase, e recebe denominações diferentes  de H1 a H16 e  N1 a N9, conhecidos atualmente. A cada variação destas estruturas é uma  nova espécie.
Ao sequenciar o RNA do  influenza responsável pela gripe espanhola ficaram a cara como o maior vilão do século XX. Sabia-se agora o tipo responsável era o HINI. Seu material genético apresenta semelhanças com o tipo de influenza encontrado em porcos e aves.




MAIS EPIDEMIAS CAUSADAS PELO INFLUENZA

No dia a dia , não imaginamos que vivemos sob a ameaça constante do surgimento de um novo tipo de influenza, que assolaria a humanidade.
São muitas as variedades de tipos de  influenza, como vimos anteriormente. A maioria destas epidemias traz um prejuízo comercial, mas pouco risco ao homem por serem tipos de vírus característicos por acometer apenas aves.
Ao longo do século XX, houve duas significativas epidemias decorrentes de mais dois tipos de influenza identificados, o H2N2, que matou cerca de 1 milhão de pessoas na Ásia  em 1957, e o H3N2, em 1968 em Hong Kong, com 700 mil vítimas.
Em 1997, provavelmente, em alguma província da China, uma provável interação entre gansos e codornas trocaram vírus influenza entre si, surgindo  um novo tipo:  o H5N1 No ano seguinte causou epidemias entre as granjas de Hong Kong. Esta epidemia não causou grande preocupações pois era típico das galinhas e jamais atingiria o homem. Porém o vírus "saltou" das galinhas para o homem. Causou gripe severa em que um terço dos acometidos, 6 pessoas entre, criadores, tratadores e mercadores morreram. Medidas para evitar uma catástrofe, foram tomadas imediatamente, um milhão de galinhas foram dizimadas, mas o vírus provavelmente já atingira aves migratórias. Controlaram a epidemia pelo H5N1, porém o mal já estava feito, o vírus com poder de infectar aves e seres humanos já circulava pela natureza, aguardando um momento para entrar em cena novamente.
A partir deste acidente, o deslocamento deste vírus começou a ser monitorado:
Nos anos seguintes, nos meses mais frios ocorreram epidemias em aves aquáticas.
No ano de  2001, a partir de mutações genéticas, passou a atingir aves terrestres tais como pato, marreco, ganso, cisne, pardal e pombos. Esporadicamente voltava ao ser humano.
Em 2003 causou a morte de dois chineses da mesma família.
Ao final de 2003 o H5N1 adquiriu capacidade para invadir felinos;  atingiu dois leopardos e dois tigres, do zoológico da Tailândia, que morreram após comer carcaças de galinhas. Iniciou-se epidemias nas aves de criação. Em três meses acometeria criações na Coréia, no Vietnã, Japão, Tailândia, Camboja, Laos, Malásia e Indonésia. Humanos doentes surgiram no Vietnã e na Tailândia.
Em 2004 o vírus adquiriu capacidade de matar aves aquáticas, pois, até o momento, as aves eram portadoras mais não adoeciam. Estava instalada a "gripe do frango". 


Ásia

Hong Kong abate milhares de aves após descoberta de gripe aviária

Frango encontrado morto em mercado local estava infectado com o vírus H5N1

FONTE: REVISTA VEJA 21/12/2011


O número de mortes humanas começou a se elevar no Vietnã e na Tailândia. O zoológico tailandês presenciou a morte de mais tigres. A lista de países com doença humana pelo H5N1 crescia. Tombavam humanos do Camboja, China e Laos.
Em 2005 descobriu-se mais de seis mil aves migratórias mortas no lago chinês Qinghai, todas acometidas pelo H5N1. O lago recebe centenas de aves migratórias e esses animais poderiam carregar o vírus para as proximidades da Europa e sul da Ásia. Foi o que aconteceu; surgiram animais doentes na Rússia, Cazaquistão, Mongólia, Turquia, Ucrânia, Kuwait, Romênia e Croácia. Em 2006, o vírus marcaria sua presença no Oriente Médio e leste europeu, enquanto avançava pela Europa. No mesmo ano, humanos eram acometidos pela gripe na Ásia, principalmente Indonésia, e ao mesmo tempo também no Egito.
Até então o vírus tem se disseminados nos três continentes. A comunidade científica aguarda surgirem novas áreas com epidemias pelo H5N1. Quanto maior a circulação do vírus influenza, maior será a chance de acometimento humano. Quanto maior o número de humanos infectados, maior o risco de ocorrer uma infecção simultânea entre um  influenza H5N1 e pelo vírus de gripe humana.

     Uma outra pandemia de gripe será inevitável

                             em alguma época.





Disseminação de influenza pelo mundo

fonte: http://www.flucentre.org/media-library/p/detail/map-global-evolution-of-the-influenza-vaccination




CONSCIENTIZAR TODOS!
 A circulação do influenza  precisa para diminuir.
 Mas nesta campanha o prazo de vacinação foi prorrogado, pois até no  último dia somente metade da população procurou a vacina!"